quarta-feira, 12 de maio de 2010

Univille, uma Empresa ou Universidade?

Temos visto nos últimos anos uma crescente postura ideológica e política da gestão do Prof. Msc. Paulo Ivo Koehntopp reitor da UNIVILLE, com uma gestão e viés técnico, administrativo e estratégico, nem um pouco diferente de qualquer outra empresa que esteja ao nosso redor do parque fabril norte. Discursos como: metas, visão da universidade, o engodo do terceiro setor e outras ideologias típicas dos chamados neoliberais, são impostos covardemente aos estudantes e trabalhadores da UNIVILLE.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) luta contra este aprofundamento mercadológico de nossa universidade, temos visto com preocupação um acelerado jogo político e mercantil, que é percebido por todos os estudantes e trabalhadores da UNIVILLE, como por exemplo: o corte nos financiamentos das bolsas de estudo, o aumento abusivo das mensalidades, a terceirização dos serviços/trabalhadores da UNIVILLE.
O problema deste último caso grave, traz o número de 51 trabalhadoras e 4 trabalhadores, com caráter de funcionárias(os) públicas(os), que tiveram apenas duas escolhas “impostas” pelo reitor da UNIVILLE: de serem remanejadas para uma empresa terceirizada onde terão seus salários reduzidos ou pedir sua demissão e cair na rua a sua própria sorte.
Podemos lembrar também do absurdo chamado voluntariado da UNIVILLE, onde cobra os “involuntários” a prestarem serviço e ouvirem palestras obrigatórias em troca de bolsas de estudo. A gestão da Universidade está “focada” no Ensino, Pesquisa e Extensão, onde muito desses projetos são realizados para uma população com caráter de grande carência, enquanto vários(as) funcionários(as) vivem esse caráter dentro da própria UNIVERSIDADE.
O DCE defende que a UNIVILLE deve ter caráter social de verdade, mantendo seus próprios estudantes na universidade, oferecendo um serviço público, gratuito e de qualidade, e passe a ter uma postura de universidade e não a de uma empresa, que visa o lucro e transforma a nossa universidade em um negócio qualquer.
A UNIVILLE tem se transformado em um verdadeiro Shopping Center, onde existe uma copiadora terceirizada, um restaurante com preço abusivo, uma empresa que oferece o serviço de segurança, outra que oferece o serviço de estacionamento, outra oferece o serviço de cobranças das mensalidades, cantinas, máquinas de café, e os corredores estão virando prateleiras de negócios, onde são oferecidos: vendas de motos, vendas de cartões da C&A, RENNER, cursos de idiomas e até mídia para o deplorável Big Brother Brasil. É uma realidade triste onde invertemos valores e o real sentido das coisas e de nossas vidas.
A UNIVILLE tem a obrigação de oferecer de forma gratuita aos seus alunos, funcionários e à comunidade em geral, em vista da altíssima mensalidade, os serviços que hoje são todos terceirizados, entendendo que a terceirização dos serviços não resolve o problema que a UNIVILLE está enfrentando (FALINDO), os serviços terceirizados não são de melhor qualidade e nem a “solução” para um melhor funcionamento, pelo contrário, isso apenas onera as mensalidades, visto que terá um intermediário entre os trabalhadores e a UNIVILLE.
Desta forma, o DCE defende as seguintes exigências:
- Recontratação imediata dos(as) 74 funcionários(as) nas mesmas condições anteriores;
- Reestruturação do quadro de funcionários(as) da zeladoria, a partir de novas contratações, pois o mesmo está defasado, sobrecarregando os(as) funcionários(as);
- Projeto educacional que contemple funcionários(as) da Univille, visto que a mesma possui cursos de licenciatura necessários e salas vazias, enquanto seus trabalhadores(as) ficam a margem do sistema de educação.
Conhecimento e educação não são mercadorias e não devem ter o sentido de lucro. Educação é um dever do estado e não dos lucros empresariais; assim convocamos todos os(as) universitários(as) e trabalhadores(as) da UNIVILLE a lutarem contra essa lógica exploratória que cresce a cada ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário